É o tempo durante o qual Cristo reinará com poder e glória sobre a terra, enquanto Satanás estará preso no abismo.
A Dispensação Milenar ou do Reino, corresponde à última das dispensações ordenadas que condicionam a vida humana na terra. É o Reino da Aliança feita a Davi (2 Sm 7. 8-l7).
II – COMO SERÁ O REINO MILENIAL
Trata-se do reino glorioso e pessoal de Nosso Senhor Jesus Cristo acompanhado dos remidos e dos anjos. Os filhos do reino brilharão qual o sol do meio dia. O Diabo será dominado e preso, o pecado eliminado. No milênio não haverá dor, nem tristeza, nem lágrimas. A duração da vida será prolongada e a morte, uma exceção, não uma regra (Mt 13. 43; Ap 20. 1-3; 21. 4).
No milênio, Cristo voltará literalmente a esta terra, onde Ele esteve durante trinta e três anos, e pessoalmente reinará por um período de mil anos, trazendo consigo a Sua Igreja, que voltará do céu, juntamente com Jesus, para onde fora levada no arrebatamento.
Nesse período, o filho de Davi, o Senhor Jesus Cristo, reinará sobre a terra como Rei dos reis e Senhor dos senhores, associando consigo naquele Reino os seus santos de todas as dispensações (Ap 3. 21; 5. 9, 10; 11. 15-17; 15. 3, 4; 19. 16; 20. 4-6).
O milênio envolverá o reinado literal de Cristo. Alguns estudiosos pensam que Cristo reinará visivelmente, enquanto outros entendem que seu espírito governará este mundo, por intermédio de seus representantes.
III – PRENÚNCIOS DO MILÊNIO
A juntura deste “século” presente e o vindouro fornecem um nítido exemplo de sobreposição das dispensações, ou seja, às vezes, há um período de transição entre uma e outra Dispensação.
Assim vemos que certos prenúncios do milênio apresentam-se pelo menos sete anos antes, servindo de introdução a esse período.
Por exemplo, antes do estabelecimento do reino milenar, ocorrerá o arrebatamento da Igreja, seguido da Grande Tribulação, período que a Bíblia chama de “uma semana”, no qual boa parte da população da terra desaparecerá, em conseqüência dos juízos divinos, e haverá muitas mudanças nas distinções entre as nações e nos limites geográficos de suas terras.
IV – O PORQUÊ DO MILÊNIO
O plano divino é “fazer convergir em Cristo, na Dispensação da plenitude dos tempos” todas as coisas, tanto no céu como na terra, “ e mostrar nos séculos vindouros a suprema riqueza da sua graça, em bondade para conosco, em Cristo” (Ef 1. 10; 2. 7).
Pode-se inferir que a cruz é o ponto central de todo esse glorioso plano e propósito divino. Posto que, anteriormente, tudo o que passou teve a cruz em prospecto; e tudo que acontece posteriormente tem a cruz em retrospecto.
V – DISTINÇÃO ENTRE O MILÊNIO E O REINO DOS CÉUS OU DE DEUS
As expressões “reino dos céus” e “reino de Deus” são idênticas quanto ao significado, e se referem à presente dispensarão de evangelho, na qual o reino está sendo proclamado.
Deus não está sendo glorificado na terra como deveria ser e como ainda o será. A oração dominical (Mt 6. 9 a l3) – “venha o teu reino, faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu” – ainda será cumprida futuramente, quando o reino de Deus se manifestar de modo glorioso sobre toda a terra. Esse período será a Dispensação do governo divino, dos mil anos de paz e inédita prosperidade – o Milênio.
VI – QUANDO SERÁ O MILÊNIO
Em sua visão o profeta Daniel viu a grande imagem da besta (Dn 2 e 7). Ele viu a sucessão de quatro reinos mundiais, seguidos pelo reino “pedra” (Dn 2. 45; 7. l3, 14). Este último é o reino de Cristo a ser estabelecido quando Ele for revelado (Jl 3. 9-17; 2 Ts 2. 8).
Quando Cristo voltar à terra para o estabelecimento do milênio, trará consigo os santos, que foram arrebatados, revestidos de corpos gloriosos e os que morreram em Cristo, desde o tempo de Abel (Ap 1. 7; Zc 14. 4; 1 Ts 4. 16, 17; Jd 14, 15).
VII – CARACTERÍSTICAS DO MILÊNIO
1. Prevenção da destruição total da terra,o que ocorreria em face da grande tribulação descrita nos capítulos 6 a 12 de Ap.
2. Revelação universal de Jesus Cristo, que reinará sobre todas as nações da terra, às quais lhe prestarão lealdade e serviços, Ap 19, 11-16; Dn 7. 13, 17; Is 2. 3, 4.
3. Estabelecer o novo Paraíso ou época áurea. Visto que toda a vida, em seus aspectos científico, social e espiritual, fará progressos extraordinários. Nesse período, o mal será removido da terra, e a duração da vida será significativamente aumentada (ver ref.).
4. Será um período de testes, e nem todos os homens sairão dele triunfantes, posto que o mal retornará, uma vez mais, por pouco tempo, Ap 2. 7...
5. Será um período de preparação para o “Estado Eterno”, de transição de mundo atual para o “novo mundo”, da antiga para a nova criação, Ap 21, 22.
6. A terra será restaurada. A paz governará juntamente com a santidade, Is 2. 3, 4; 11. 6-9.
7. A raça humana será renovada.
8. Todos os seres humanos conhecerão a Deus. Haverá grande progresso espiritual, ainda que não a perfeição, Is 11.9.
9. Israel será restaurado e se tornará o cabeça das nações, Is 2. 6; 11. 12,13; 14. 1,3.
10. Os judeus retornarão à Palestina, Ez 36. 24-28, e proceder-se-á a reconstrução do templo em Jerusalém, e a cidade será o centro e a sede da administração do Senhor. O Senhor reconstituirá o tabernáculo, Jr 3. 17; Mq 4. 8; Am 9. 11,12; At 15. 16,17.
11. O Senhor revogará a maldição que pesa sobre o homem e toda a criação. A terra desfrutará de extraordinária fertilidade e será muito produtiva, Is 35. 1,2; Ez 30. 4; Rm 8. 19-23.
12. O mundo desfrutará de plena paz. E sob reinado do Príncipe da Paz os exércitos serão desnecessários, bem com as forças navais e os campos de treinamento militar. As armas de guerra serão transformadas em implementos agrícolas, Os 2. 18; Is 2. 4; Mq 4. 3
VIII – INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR SOBRE DISPENSAÇÃO
Dispensação é o período de tempo durante o qual os homens são provados quanto a sua obediência a certa revelação da vontade de Deus.
1. Dispensação edênica (da inocência), desde a criação do homem até sua queda e expulsão do Éden.
2. Dispensação antediluviana (da consciência), desde a queda do homem até o dilúvio.
3. Dispensação pós-diluviana (do governo humano), desde o dilúvio até a dispersão.
4. Dispensação patriarcal (da família), desde a chamada de Abraão até o êxodo.
5. Dispensação da lei, desde o Sinai até o Calvário.
6. Dispensação da graça (da igreja), desde o Calvário até a volta de Cristo. 7. Dispensação do Reino Milenar (do governo divino).
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