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Pastor sofre arbitrariedades em Cuba


Robert Rodriguez, importante líder evangélico do país, pode ser preso por queixa de vizinho.


Apesar das tentativas de mostrar ao mundo que seu país vive novos tempos sob o comando do presidente em exercício Raúl Castro, o governo de Cuba continua praticando arbitrariedades contra os líderes cristãos. O ex-presidente nacional da Aliança Interdenominacional de Pastores e Ministros Evangélicos de Cuba, Robert Rodriguez, está sendo julgado sob acusação de adotar “comportamento ofensivo”. Segundo os membros da Igreja Los Pinos Nuevos, na cidade de Sagu ala Grande, dirigida por Rodriguez, a ação nada mais é que uma tentativa de silenciá-lo e lançar dúvidas sobre seu caráter. O religioso e seu filho, o também pastor Eric Gabriel Rodriguez del Toro, foram conduzidos à delegacia policial simplesmente devido à queixa de um vizinho. A suposta ofensa não foi esclarecida.
Em um julgamento anterior, em 8 de dezembro, Robert Rodriguez foi sentenciado a uma pena entre três meses e um ano de liberdade condicional. O líder foi então advertido de que, a partir dali, qualquer queixa contra ele poderia acarretar sua prisão em regime fechado. Suspeita-se que o vizinho tenha sido estimulado a apresentar a queixa para quebrar a condicional. Agora, a Promotoria quer que o pastor seja condenado a um ano de prisão em regime fechado. Como em outros casos parecidos em Cuba, os líderes das igrejas no país dizem que as autoridades estão usando acusações pueris para pressionar a liderança evangélica a agir de acordo com os interesses do governo.
O imbróglio envolvendo Rodriguez começou em setembro de 2008. Na época, a Aliança Interdenominacional, então presidida por ele, desligou-se do Conselho Cubano de Igrejas (CCC). Um dos motivos seria a interferência constante e ilegal da liderança da CCC, que tem vínculos oficiais, nos assuntos internos da Aliança ao longo do último ano. Em outubro, autoridades governamentais exoneraram o pastor da presidência da Aliança, mudança considerada inconstitucional pelos membros da entidade, já que foi feita sem a aprovação de seus filiados. Desde então, segundo os membros da Aliança, as famílias de seus dirigentes têm sido sujeitadas a uma campanha de acusações e assédio, que culminou no julgamento de Rodriguez.
Devido à tensão, o pastor, já idoso, está com a saúde seriamente comprometida. Ele teve problema nos rins e sofreu severa perda de peso nos últimos meses. Para piorar a situação, Rodriguez e seu filho foram maltratados e desrespeitados quando cumpriram a ordem de apresentação perante a delegacia da municipalidade de Placetas. Os dirigentes da Aliança Interdenominacional agora pretendem que o caso ganhe visibilidade internacional e já estudam a possibilidade de apresentar um relatório À Organização dos Estados Americanos (OEA).


(Missão Portas Abertas)

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